Saiba como estudar no Japão com tudo pago
Bolsas das províncias
Os requisitos para conquistar cada uma das bolsas são diferentes. Em geral, os candidatos ao kenshu precisam ter trabalhado na área em que pretendem estagiar no Japão. Já para o ryugaku, é preciso ter terminado o 3º grau antes do embarque para o arquipélago.
As inscrições para as bolsas ocorrem normalmente no começo do ano e vão até o mês de agosto, já que grande parte das províncias adota como um dos critérios de avaliação dos candidatos o exame de língua japonesa realizado em setembro pelo Kenrem (Federação das Associações) no Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa).
Apesar disto, os critérios de avaliação dos candidatos varia de província para província. E mesmo os requisitos dos candidatos também podem variar. Em algumas associações mesmo para uma vaga de estágio também é necessário o curso superior. Há também um limite de idade que varia conforme o kenjinkai (associação da província), este fica em torno de 35 anos.
Os benefícios dados diferem de acordo com a província. Mas, normalmente todas fornecem a passagem aérea e moradia para os bolsistas. Quanto aos outros benefícios algumas províncias bancam gastos como conta de luz, de água, transporte e alimentação, enquanto outras dão uma bolsa-auxílio maior para que o candidato possa arcar com estes gastos.
O número de vagas de cada bolsa varia de acordo com cada províncias. Mas como parte dos subsídios das bolsas era custeado pelo governo japonês algumas províncias reduziram o número de vagas e outras talvez não tenham como promover nenhuma das bolsa para o ano que vem.
Quem for aprovado para as bolsas de kenshu fica no Japão por 9 meses e embarca entre maio e junho. Já para o ryugaku, o tempo de permanência é de um ano e os embarques ocorrem entre abril e maio.
Associação de Províncias do Japão: (11) 3277-8569
Fundação Japão
A bolsa de aperfeiçoamento de professores busca fornecer ao profissional maior domínio sobre a língua, aumentando seus conhecimentos relacionados à cultura japonesa - em alguns casos, os professores assistem a palestras, fazem passeios pelo Japão e assistem a manifestações culturais diversas, como teatro, cerimônia do chá, exposições artísticas etc. Já a bolsa para artistas e pesquisadores permite a produção de trabalhos e pesquisa de temas em que se é imprescindível a ida ao Japão.
Fundação Japão: (11) 3141-0843 - www.fjsp.org.br
Ministério da Educação
As bolsas de graduação e pós-graduação são as que recebem maior procura, o que não significa, necessariamente, que sejam muito concorridas. No ano de 2002, aproximadamente 170 pessoas concorreram à vaga de graduando, enquanto 90 candidatos queriam se pós-graduar no Japão. No primeiro caso, apenas uma pessoa foi selecionada e, no segundo, 14 estudantes foram contemplados. O problema da graduacão não está no número de vagas, que é ilimitado, mas sim na dificuldade das provas de seleção. “É como se o estudante estivesse prestando os vestibulares mais concorridos do país”, explica Ayumi Kawai, do setor de bolsas do Consulado Geral do Japão. Já os que disputam as vagas de pós precisam contatar as universidades japonesas para obtenção da Carta de Aceitação de um professor orientador. Para os que não tiverem idéia de qual instituição escolher, o Consulado oferece um catálogo disponível para consulta no local, ou ainda no site www.sp.br.emb-japan.go.jp No caso da graduação, não é possível optar, pois a seleção da universidade será feita de acordo com o desempenho do bolsista no primeiro ano no Japão.
Este ano, a procura foi de 232 candidatos para a graduação e de 110 para a pós. Para os escolhidos, é oferecido curso intensivo de japonês com duração de 12 meses para os bolsistas de Graduação e 6 meses para os de pós-graduação. É imprescindível, no entanto, que se tenha domínio da língua inglesa, caso não tenha conhecimentos da língua japonesa, para prestar a prova de seleção.
As outras opções oferecidas pelo Monbukagakusho envolvem o estudo em escolas técnicas superiores, nas áreas de Engenharia e Arquitetura, o treinamento de professores do Ensino Fundamental e Médio e o aperfeiçoamento de estudantes de língua e cultura japonesa.
Consulado do Japão (11)287-0100 / www.sp.br.emb-japan.go.jp
JICA
Há bolsas voltadas para não-descendentes de japoneses também: como o curso de estágio tecnológico na área de Cooperação Técnica, para funcionários públicos.
O candidato pode escolher o objeto de estudo e a instituição para a qual quer ir. Em geral, é desejável o conhecimento de japonês (nível 3 do teste de proficiência) ou inglês (TOEFL 550), mas, ao chegar no Japão, os bolsistas têm 2 meses de aula de reforço da língua japonesa para uma melhor adaptação.
JICA São Paulo – (11) 251-2655/ Brasília – (61) 321-6465/ Belém – (91) 241-3001
Latec
No Japão, o bolsista recebe um aposento da empresa, transporte, alimentação e material para o seu estágio. Ele também recebe uma bolsa-auxílio que varia de acordo com a empresa onde irá estagiar.
A inscrição para a bolsa ocorre entre novembro e janeiro, no mês de fevereiro é marcado um dia para o exame que atualmente consiste em fazer uma redação em japonês ou inglês sobre os objetivos em relação ao estágio.
Depois o candidato é submetido a uma entrevista em português em que ele deve comentar sobre o interesse em estagiar na Japão e como isso pode ajudar sua carreira. Isso ocorre pois, a cada ano que passa, os descendentes dominam menos o idioma japonês e está ficando cada vez mais difícil manter o exame apenas nessa língua.
Conhecer o idioma japonês também é importante, no entanto, hoje, como muitos candidatos já não o dominam, o inglês é aceito. Porém, o candidato que domina o japonês leva vantagem sobre seus concorrentes. No último concurso para a Latec foram disponibilizadas apenas três bolsas de estágio.
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